quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando – até que não caibo em mim e estouro em palavras .

Mais ou menos é a pior coisa que existe.

"Te ver mais ou menos realmente me incomoda. Mais ou menos não rende papo, não faz inverno nem verão, não exige uma longa explicação. É melhor estar alegre ou estar triste, mais ou menos é a pior coisa que existe." (Gabito Nunes)

Será frio, será ausência, será senhor só lembrança.

Será paz, será paciência 
Será senhor só esperança 
E se a dor e se adormecer demais 
Pra levantar mais criança 
Nossa festa ainda vai começar 
Nossa peça era a peça que faltava 
Cê me inspira pra eu te respirar 
Em poesia que não acaba 
Acabo de pular da pedra 




(O Teatro Mágico)

Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.

Pra falar verdade, às vezes minto 
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto 
Pra dizer as vezes que às vezes não digo 
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo 
Tanto faz não satisfaz o que preciso 
Além do mais, quem busca nunca é indeciso 


(O Teatro Mágico)

Você me bagunça.


Assimila, dissimula, afronta, apronta,descarrega-me nos abraços 
Lapida minha pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços 
E desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você 
Me desassossega, rega à alma, roga a calma em minha travessia 
Outro porque 


(O Teatro Mágico)

Des-culpas esfarrapadas

Desculpa o excesso, me desculpe pela escassez
Desculpe-me por não saber explicar
 Desculpe por eu não saber a hora certa de falar
 Desculpe o volume de palavras, por tanta falta de conteúdo.
 Desculpe se eu jogo na cara, por não poder jogar em mim.
 Desculpe por eu ser assim,
 Por viver sobrando pelas beiradas e não me caber em mim.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O tempo.

O tempo passa, sem a gente se dar conta. Sem perguntar se vamos juntos, sem esperar resposta alguma. Ele vai e carrega tudo que pode, deixa pra traz o que não irá precisar.  Mas não tenho medo, porque sei  que o essencial  permanece.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

“O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar."

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que eu quero mesmo?

"Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Explicação mesmo, eu sei: não há.
E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe.
E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase:

-O que eu quero mesmo?"

Fernanda Mello
"Entre outras coisas, você vai descobrir que não é a primeira pessoa a ficar confusa e assustada, e até enjoada, pelo comportamento humano. Você não está de maneira nenhuma sozinho nesse terreno..."

Livro: O apanhador no campo de centeio - J. D. Salinger
à noite
fantasmas das coisas não ditas
sombras das coisas não ditas
sombras das coisas não feitas
vêm
pé ante pé
mexer em seus sonhos

.Paulo Leminski.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O problema é que eu te amo.

Ontem voltei pra casa pensando em escrever um e-mail, bater na sua porta, ligar desesperadamente pro seu celular. Não fiz nada disso, esperei. Esperei seu tempo, a saudade. Não entendo, como querer você possa ser tão mais forte que eu. Eu te amo, e caramba, não é pouco. Mas me diz pra que isso? Não me encha de silêncios, não acumule espaços. Não gosto desses afastamentos que as vezes acontecem, não gosto de não saber o que fazer pra lhe ter mais perto de mim. Não desperdice o tempo que a gente tem.
"Não há lugar para onde correr: as mudanças, quando precisam acontecer, sabem como nos encontrar."

Mas se um dia eu conseguisse falar tudo o que eu sinto. Se eu soubesse como descarregar esse amontoado de emoções indecifráveis. Talvez, só talvez você entenderia.
De-vez-em-quando sinto uma raiva absurda do mundo, vontade de esganar metade das pessoas que me dizem: Bom dia!, Logo pela manhã. Sinto uma enorme raiva de você, por não estar grudada em mim vinteequatrohoras por dia. Mas aí, meu celular vibra com uma mensagem inesperada, ouço uma música que acalma o coração, e aquela raiva que parecia interminável logo abre espaço pra alegria entrar, e ela vem sem pedir licença, só pra lembrar que tenho tanto amor em mim que é um absurdo guardar.
Não deixe que as eventualidades diárias façam-nos esquecer do que se passa no coração. Não economize nos sentimentos, não menospreze a voz de dentro. Não me deixe esquecer quem você é.
Entrego-me sem restrições, sem pensar no que virá depois. É completamente, porque nunca soube o que fazer com as metades. Entrego-me porque eu sei o que é melhor pra nós, e ignoro o que é melhor pra “mim”.
“- E as brigas?
- A gente reconcilia.
- E o ciúme?
- A gente cura.
- E as lágrimas?
- A gente cuida.
- E a distância?
- A gente junta.”

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Tenho me encontrado em constante indagação. Quem eu sou? De onde eu vim? E o que eu realmente quero dessa vida? Não encontro respostas, me encho de novas perguntas. 

Coisa de quem aceita a esperança..

Só quero saber realmente o que importa.
Dos assuntos que só ferem quando são picadas de inseto.
Coisas assim, que só ardem por fora.
As coisas que mais são importantes agora, toda a minha atenção, como se dela, só delas,
dependesse minha afeição.
Sorvete de baunilha e lençol limpo ou então dessas coisas que não se mostram
e só se reconhecem sem os olhos, gentilezas por exemplo.
Nesse tempo do que realmente importa, não existe conspiração do universo
e muito menos coisas do destino, se é que isso existe.
Nesse tempo as lembranças ruins só são um borrão.
Existe também um pé de ruga que pode ser pé de passarinho porque nesse tempo, a gente ri demais.
Então pode-se chamar de pé de passarinho e não de galinha,
porque passarinho pelo menos voa mais alto.
Existe essa alegriazinha, coisa de quem aceita a esperança
sem medo do que há por vir,
Sem temer o que há de partir

|vanessa leonardi|

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

As vezes eu acho que vou enlouquecer no meio de toda essa correria, de todo esse barulho, essa ansiedade nas pessoas.
Na cidade as coisas são feias porque é tudo mentira. O que a gente faz, o que a gente diz, até mesmo o que a gente sente — é tudo mentira.