terça-feira, 30 de novembro de 2010


É que agora é assim: qualquer coisa que me tire a paz, me cansa. Sem pensar duas vezes, pe
rtubou só um pouquinho o meu juízo, pronto, já foi pra minha listas de coisas a evitar. Tenho tentado sair o menos de casa possível, a rua se tornou uma coisa meio caótica pro meu espirito cansado demais. E quando saio de noite... Nossa! Que exaustão. Sorrisos forçados, falsas alegrias. Como eu pude, um dia, ser feliz naquelas boates, naqueles inferninhos? (...)
As esperas tem corroído meu fígado! E ele já não é lá muito saudável, cê sabe, eu bebi demais tentando não pensar. E as esperas.... Ai que agonia! Ninguém quer esperar, né? Parece insano esperar pelo amor, por uma resposta, por alguém.... Mas essa é a realidade de tanta gente! E eu me sinto explorando Deus cada vez que fecho os olhos e peço pra que você pare de me fazer esperar. Eu sei, você não me mandou esperar. E eu achava que nem tava esperando mais. Mas cada dia, que merda, é um dia de espera por você. Não daquele jeito louco de antes, pode relaxar. Eu não sou mais aquela louca. Acho que nunca fui, mas tentei testar, vai que com ela dava certo. 
Enfim, ser louca também me cansou muito. Eu tenho muita preguiça de fingir ser quem eu não sou. Outro dia bebi um pouquinho mais que o normal, fazia tempo que não bebia assim e me senti horrível. Entenda, eu ainda bebo. Mas só enquanto eu gosto. Tem uma hora que tudo mundo deixa de gostar do que tá bebendo. Que aquilo começa a enjoar. Era nessa hora que eu bebia ainda mais e, logo depois, você sumia da minha cabeça. Agora, geralmente, eu paro antes dessa hora chegar. Mas outro dia eu insisti. Nada demais, nenhuma catástrofe considerável aconteceu, mas que vergonha eu senti da pessoa que eu fui (...)
Nunca mais, que alívio, passei uma noite inteira em claro. Nunca mais vi o dia nascer sem ter nem pregado o olho. Eu acho que foi ai que comecei a melhorar da maluquisse. Tem gente que ainda deve achar que tô louca. Muita gente me conheceu indo pra rua quinta, sexta, sábado e domingo. As pessoas me ligam na sexta a noite como se eu tivesse a noite mais certa do mundo. E eu só respondo que vou ficar vendo filme. Não é depressão. Depressão era sair de casa meia noite, encher a cara, vomitar no banheiro e te mandar mensagem as cinco da manhã. Agora eu sou a boa e velha preguicinha de sempre. As coisas voltam pro lugar, aos poucos, mas voltam. Quantas pessoas me falaram que elas voltariam!
Cansei de extrapolar os meus limites. Só penso em ter paz. Como eu quero paz!

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