quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O coração dos outros não lhe é devido, não lhe pertence, não lhe cabe por contrato

"... É perceber que talvez amar seja outra coisa. É sentir-se leve e livre. É saber que o coração dos outros não lhe é devido, não lhe pertence, não lhe cabe por contrato. A cada dia você deve merecê-lo. E dizê-lo. Dizer a ele. E compreender pelas respostas que talvez seja necessário mudar. É necessário ir embora para reencontrar o caminho. Fábio me olha bravo, de pé, diante do portão. E diz que não, que estou errada, que somos felizes juntos. Agarra meu braço e o aperta com força. Porque, quando alguém que você deseja se vai, você tenta mantê-lo com as mãos e espera assim prender também o seu coração. E não é assim. O coração tem pernas que você não vê. E Fábio vai embora dizendo você vai me pagar, mas o amor não é uma dívida a ser liquidada, não dá creditos, não aceita descontos."



"Desculpa de te chamo de amor"

Frederico Moccia

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tempo é ternura.

Viver tem sido adiantar o serviço do dia seguinte. No domingo, já estamos na segunda, na terça já estamos na quarta e sempre um dia a mais do dia que deveríamos viver. Pelo excesso de antecedência, vamos morrer um mês antes.
Tempo é ternura.
Perder tempo é a maior demonstração de afeto. A maior gentileza. Sair daquele aproveitamento máximo de tarefas.
O tempo sempre foi algoz dos relacionamentos. Convencionou-se explicar que a paixão é biológica, dura apenas dois anos e o resto da convivência é comodismo.
Não é verdade, amor não é intensidade que se extravia na duração.
Acima da obsessão de controlar a rotina e os próximos passos, improvisar para permanecer ao lado da esposa. Interromper o que precisamos para despertar novas necessidades.
Intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.
Casais há mais de três décadas juntos perderam tempo. Criaram mais chances do que os demais. Superaram preconceitos. Perdoaram medos. Dobraram o orgulho ao longo das brigas. Dormiram antes de tomar uma decisão.
Cederam o que tinham de mais precioso: a chance de outras vidas. Dar uma vida a alguém será sempre maior do que qualquer vida imaginada.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Porque eu sou do tipo que se entrega fácil, aos risos, abraços, amassos, amigos. Eu tenho fé em tanta coisa, e uma alma gigante que não cabe direito no corpo. E esse coração que não sabe sossegar. Eu me apaixono por tão pouco. Coisa simples sabe? Caminhadas improvisadas. Vento de fim de tarde. Nasci com pés de gente viajante, e não me importo de ir a pé. Programa bom pra mim é mochila nas costas e estrada desconhecia. Amores ao acaso, adoráveis. Inesquecíveis. Chorar é inevitável, eu sei. Mas aprendi a jogar no vento do tempo tudo quanto é solidão e tristeza. No coração só guardo espaço pras coisas lindas e findas que virão.


Daqui ó
Espero que o tempo voe (…) para que você retorne, pra que eu possa te abraçar, e te beijar, de novo…

[Nando Reis]

Aí, está o grande mal das pessoas

Mas gosto, gosto das pessoas. Não sei me comunicar com elas, mas gosto de vê-las, de estar a seu lado, saber suas tristezas, suas esperas, suas vidas. Às vezes também me dá uma bruta raiva delas, de sua tristeza, sua mesquinhez. Depois penso que não tenho o direito de julgar ninguém, que cada um pode — e deve — ser o que é, ninguém tem nada com isso. Em seguida, minha outra parte sussurra em meus ouvidos que aí, justamente aí, está o grande mal das pessoas: o fato de serem como são e ninguém poder fazer nada. Só elas poderiam fazer alguma coisa por si próprias, mas não fazem porque não se vêem, não sabem como são. Ou, se sabem, fecham os olhos e continuam fingindo, a vida inteira fingindo que não sabem.
.Caio Fernando Abreu in Limite Branco

sábado, 17 de dezembro de 2011

Bem foi inevitável, tomamos um pileque épico. Hoje acordei ruim, gosto de cabo-de-guarda-chuva na boca & culpa: ando bebendo muito. Horrível, não é? Eu acho, também, mas é difícil evitar, principalmente agora que começou a esfriar, de noite dá aquela necessidade de coisas quentes você sai por las calles, aí vêm as brahmas, os vinhos, os conhaques, as cachaças. E é engraçado, quando a gente tá bebendo com alguém chega num ponto em que parece que vai acontecer alguma coisa (ninguém sabe exatamente o que), e que para essa alguma-coisa acontecermesmo é preciso beber um pouco mais. Daí você pede – e então a coisa começa a se decompor. Nada acontece, o porre começa a pintar & a mosca pousa na sopa fria.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Que eu sempre fui só de você...Você sempre foi só de mim"

A melhor parte de ter você, é você.  Olhar pro lado e te encontrar na cama, poder sentir o calor do abraço e reconhecer que ali sempre foi o meu lugar. Porque a cada dia que passa eu tenho certeza, tudo que eu vivi até aqui me preparou pra esse amor. 

domingo, 4 de dezembro de 2011

É uma forma de paz...

"Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...
Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor."



[Clarice Lispector]

Nobody said it was easy..

É que o mundo parece grande demais e eu me sinto pequena demais pra dar conta de tudo. As horas, os dias, o dinheiro, as notas boas, o ônibus que não posso perder. É que eu to crescendo, apesar de não estar pronta pra isso. E eu não sei o que fazer com os sonhos que eu deixei pelo caminho, porque sentir saudade não é motivo suficiente pra voltar atrás. É que eu me sinto a pessoa mais sozinha do mundo nesse quarto gelado, e por mais que eu queira gritar o quanto essa vida é complicada, meu silêncio grita mais alto.

Já não sei onde procurar.

Eu tinha tantas coisas pra dizer, mas deixei pra lá. Descobri que falar não adianta, me desgasta e me faz mal. Apenas sorrio como quem nada quer e digo que não há nada.
Não quero ajuda de ninguém, sou uma filha da puta orgulhosa que não sabe pedir colo, quero que adivinhem.

Clarissa Corrêa
E a receita é uma só: fazer as pazes com você mesmo, diminuir a expectativa e entender que felicidade não é ter. É ser.

Fernanda Mello
Tá certo que o nosso mal jeito foi 
Vital pra dispersar o nosso bom 
O nosso som pausou 
E por tanta exposição a disposição cansou 
Secou da fonte da paciência 
E nossa excelência ficou la fora... 

Solução é a solidão de nós 
Deixa eu me livrar das minhas marcas 
Deixa eu me lembrar de criar asas 
Deixa que esse verão eu faço só 
Deixa que esse verão eu faço só 
Deixa que nesse verão eu faço sol... 

Só me resta agora acreditar 
Que esse encontro que se deu 
Não nos traduziu o melhor 
A conta da saudade quem é que paga 
Já que estamos brigados de nada 
Já que estamos fincados em dor... 

Lembra o que valeu a pena 
Foi nossa cena não ter pressa pra passar 
Lembra o que valeu a pena 
Foi nossa cena não ter pressa pra passar...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Waiting

Não sei o que esperar. Espero tudo. Quero tudo. E vou. De mãos dadas com o que sinto, nunca soube me economizar. Vai ver, assim, eu acabe sendo possível.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Eu vou me acumulando, me acumulando, me acumulando – até que não caibo em mim e estouro em palavras .

Mais ou menos é a pior coisa que existe.

"Te ver mais ou menos realmente me incomoda. Mais ou menos não rende papo, não faz inverno nem verão, não exige uma longa explicação. É melhor estar alegre ou estar triste, mais ou menos é a pior coisa que existe." (Gabito Nunes)

Será frio, será ausência, será senhor só lembrança.

Será paz, será paciência 
Será senhor só esperança 
E se a dor e se adormecer demais 
Pra levantar mais criança 
Nossa festa ainda vai começar 
Nossa peça era a peça que faltava 
Cê me inspira pra eu te respirar 
Em poesia que não acaba 
Acabo de pular da pedra 




(O Teatro Mágico)

Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.

Pra falar verdade, às vezes minto 
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto 
Pra dizer as vezes que às vezes não digo 
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo 
Tanto faz não satisfaz o que preciso 
Além do mais, quem busca nunca é indeciso 


(O Teatro Mágico)

Você me bagunça.


Assimila, dissimula, afronta, apronta,descarrega-me nos abraços 
Lapida minha pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços 
E desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você 
Me desassossega, rega à alma, roga a calma em minha travessia 
Outro porque 


(O Teatro Mágico)

Des-culpas esfarrapadas

Desculpa o excesso, me desculpe pela escassez
Desculpe-me por não saber explicar
 Desculpe por eu não saber a hora certa de falar
 Desculpe o volume de palavras, por tanta falta de conteúdo.
 Desculpe se eu jogo na cara, por não poder jogar em mim.
 Desculpe por eu ser assim,
 Por viver sobrando pelas beiradas e não me caber em mim.


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O tempo.

O tempo passa, sem a gente se dar conta. Sem perguntar se vamos juntos, sem esperar resposta alguma. Ele vai e carrega tudo que pode, deixa pra traz o que não irá precisar.  Mas não tenho medo, porque sei  que o essencial  permanece.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

“O amor é perigoso para quem não resolveu seus problemas. O amor delata, o amor incomoda, o amor ofende, fala as coisas mais extraordinárias sem recuar."

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O que eu quero mesmo?

"Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Explicação mesmo, eu sei: não há.
E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe.
E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase:

-O que eu quero mesmo?"

Fernanda Mello
"Entre outras coisas, você vai descobrir que não é a primeira pessoa a ficar confusa e assustada, e até enjoada, pelo comportamento humano. Você não está de maneira nenhuma sozinho nesse terreno..."

Livro: O apanhador no campo de centeio - J. D. Salinger
à noite
fantasmas das coisas não ditas
sombras das coisas não ditas
sombras das coisas não feitas
vêm
pé ante pé
mexer em seus sonhos

.Paulo Leminski.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O problema é que eu te amo.

Ontem voltei pra casa pensando em escrever um e-mail, bater na sua porta, ligar desesperadamente pro seu celular. Não fiz nada disso, esperei. Esperei seu tempo, a saudade. Não entendo, como querer você possa ser tão mais forte que eu. Eu te amo, e caramba, não é pouco. Mas me diz pra que isso? Não me encha de silêncios, não acumule espaços. Não gosto desses afastamentos que as vezes acontecem, não gosto de não saber o que fazer pra lhe ter mais perto de mim. Não desperdice o tempo que a gente tem.
"Não há lugar para onde correr: as mudanças, quando precisam acontecer, sabem como nos encontrar."

Mas se um dia eu conseguisse falar tudo o que eu sinto. Se eu soubesse como descarregar esse amontoado de emoções indecifráveis. Talvez, só talvez você entenderia.
De-vez-em-quando sinto uma raiva absurda do mundo, vontade de esganar metade das pessoas que me dizem: Bom dia!, Logo pela manhã. Sinto uma enorme raiva de você, por não estar grudada em mim vinteequatrohoras por dia. Mas aí, meu celular vibra com uma mensagem inesperada, ouço uma música que acalma o coração, e aquela raiva que parecia interminável logo abre espaço pra alegria entrar, e ela vem sem pedir licença, só pra lembrar que tenho tanto amor em mim que é um absurdo guardar.
Não deixe que as eventualidades diárias façam-nos esquecer do que se passa no coração. Não economize nos sentimentos, não menospreze a voz de dentro. Não me deixe esquecer quem você é.
Entrego-me sem restrições, sem pensar no que virá depois. É completamente, porque nunca soube o que fazer com as metades. Entrego-me porque eu sei o que é melhor pra nós, e ignoro o que é melhor pra “mim”.
“- E as brigas?
- A gente reconcilia.
- E o ciúme?
- A gente cura.
- E as lágrimas?
- A gente cuida.
- E a distância?
- A gente junta.”

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Tenho me encontrado em constante indagação. Quem eu sou? De onde eu vim? E o que eu realmente quero dessa vida? Não encontro respostas, me encho de novas perguntas. 

Coisa de quem aceita a esperança..

Só quero saber realmente o que importa.
Dos assuntos que só ferem quando são picadas de inseto.
Coisas assim, que só ardem por fora.
As coisas que mais são importantes agora, toda a minha atenção, como se dela, só delas,
dependesse minha afeição.
Sorvete de baunilha e lençol limpo ou então dessas coisas que não se mostram
e só se reconhecem sem os olhos, gentilezas por exemplo.
Nesse tempo do que realmente importa, não existe conspiração do universo
e muito menos coisas do destino, se é que isso existe.
Nesse tempo as lembranças ruins só são um borrão.
Existe também um pé de ruga que pode ser pé de passarinho porque nesse tempo, a gente ri demais.
Então pode-se chamar de pé de passarinho e não de galinha,
porque passarinho pelo menos voa mais alto.
Existe essa alegriazinha, coisa de quem aceita a esperança
sem medo do que há por vir,
Sem temer o que há de partir

|vanessa leonardi|

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

As vezes eu acho que vou enlouquecer no meio de toda essa correria, de todo esse barulho, essa ansiedade nas pessoas.
Na cidade as coisas são feias porque é tudo mentira. O que a gente faz, o que a gente diz, até mesmo o que a gente sente — é tudo mentira.

domingo, 30 de outubro de 2011

Queria te guardar imóvel no movimento.

No movimento das suas mãos me dedilhando as costas, o movimento dos seus lábios tatuando a nuca, o movimento que timbra o vento nos seus cabelos, o silêncio do mundo no seu piscar de olhos, o mover sua sombracelha que formavam ondas perfeitas na sua testa, seus dedos que tocavam Chico na minha cintura, sua voz em movimento era como um chamado de algum lugar. Eu não queria mais voltar.
(...)
Sou boba tantas vezes. Parei tanto tempo presa em você. Ficava extasiada, alucinada em te observar ganhando o mundo sem sair da cama.

domingo, 23 de outubro de 2011


Acorda amor, que já virou um outro dia,
A gente pode fazer tudo hoje,
Não me deixe pra depois,
Sempre tenho um bom motivo pra nós dois.
Os medos que a gente tem em cada noite
A gente pode deixar lá,
Não me deixe pra depois,
Sempre tenho um bom motivo pra nós dois.

Mallu Magalhães

sábado, 22 de outubro de 2011

Melhor que eu não te conte novidades
Nem diga nada muito diferente
Nem faça teorias sobre a gente
Nem fale dessa angustia que me invade
Melhor usar palavras já testadas
Amor, saudade, beijos e depedidas
Um saco de figuras repetidas
Tão gastas
Que já não te digam nada

(Leoni)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Things aren't always just what they seem.."

Quanta coisa acumulada na cabeça e no coração. Uma vontade imensa de tomar banho por dentro, limpar e deixar tudo novinho, novas esperanças e vontades. Lembrar da força que sempre esteve comigo e não desanimar jamais.
Era um estado permanente de angústia, crônico, suportável. Era a fragilidade do ser diante da brutalidade e da crueza da vida, mas era ainda a vida, o existir e se saber presente (...) É que era a angústia, o desespero, a negação de si mesmo. O não ser, o vazio, o nada.


(Livro Encontro Marcado, Fernando Sabino)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Não vim até aqui
Pra desistir agora
Entendo você
Se você quiser ir embora
Não vai ser a primeira vez
Nas últimas 24 horas
Mas eu não vim até aqui
Pra desistir agora.
.
.
.
(Pouca Vogal)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O dia está cinza, mas de nada adiantaria se estivesse azul. 

Rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.


Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos. Em mim, a anatomia não faz o menor sentido. Sou do tipo que lê um toque, que observa com o coração e caminha com os pés da imaginação. Multiplico meus cinco sentidos por milhares e me proponho a descobrir todos os dias novas formas de sentir. Quero o cheiro da felicidade, o gosto da saudade, o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura. Luto contra o óbvio, porque sei que dentro de mim há um infinito de possibilidades e embora sentimentos ruins também transitem por aqui, sei que devo conduzi-los com a força do pensamento até a porta de saída. Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero. Nem definir o lugar adequado para tudo de bom que eu sinto. Nossos sentimentos são seres vivos e decidem sem nos consultar. A prova de que na vida, rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.

Fernanda Gaona

terça-feira, 18 de outubro de 2011

E eu te pergunto o que será do nosso amor?

Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?

Descreva pra mim sua latitude
Que eu tento te achar no mapa-múndi
Ponha um pouco de delicadeza
No que escrever e onde quer que me esqueças
E eu te pergunto o que será do nosso amor?

Ah! Se eu pudesse voltar atrás
Ah! Se eu pudesse voltar





Thiago Pethit

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Arrepios.

E sempre que você diz: Eu te amo.
É como se fosse a primeira vez.

domingo, 16 de outubro de 2011

Me perdi no tempo, me encontrei e mim.


Esqueci a tal exatidão. Dar nome aos bois, colocar os pingos nos “is”, bater de frente. Tirei férias disso tudo. Se algum desaforo bater à minha porta, não atendo. Canto ciranda, enfeito minhas tranças, converso com a esperança. Perdi minha mala carregada de ressentimentos na estrada do sossego. Mudei a rota, arranquei as portas que aprisionavam meu sorriso. Me perdi do tempo. Me encontrei em mim.
.Renata Fagundes

Aprender a viver um amor, sem se afogar.


Pra falar de ciúmes, eu precisaria falar da insegurança e também da falta de auto-estima que ficam escancaradas em mim. Mas espera aí, quem disse que eu preciso disso? Descabelar-me e me desmoralizar. Não aceitar o fato que alguém pode gostar de mim do jeito que sou, com minha mania de fantasias e medos insolúveis, meu desajeitado modo de sorrir e essa cara amassada, a minha preguiça enorme, as viagens que faço, dos sonhos conturbados, meu passado doido e minha vontade incontrolável de ser feliz. Talvez eu mereça mesmo ser amada, admirada. Talvez eu deva parar de me sabotar, procurar coisas onde não tem. e parar de achar que minha vida é a novela mexicana sem final feliz. Eu ando me amando mais, acreditando mais em mim e isso me faz bem. Aprender a viver um amor, sem se afogar.
Adoro teus beijos, roubados, calientes, ternos. Adoro tuas mãos, álias preciso delas, preciso que elas me toquem e descubram em mim todos os caminhos que eu jamais encontraria sozinha. Gosto de tudo que existe em você.

Desarrume.

Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. 
Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.


.Fabrício Carpinejar

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Eu preciso de surpresa.

Eu rezo pra tentar me entender
Com chuvas de palavras explico coisas que nem sei. A casa,um caos dentro e fora
Que lua estamos mesmo ?
Tô esperando o verde amadurecer no meu peito
Pra ver se encontro meu coração na esquina
Eu preciso ver estrelas no céu da boca, sambar devagarzinho ou então achar cinquentão no bolso
Eu preciso de surpresa !
Logo me convenço com metáforas das minhas desgraças
E dou risada achando graça desse verde que não amadurece
Verde que ensina e que termina 

Me deixando sempre uma cor-resposta
Pra pintar na vida.

Um amor quentinho.

Que todo mundo tenha um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo. Surpresa pra rotina dos dias. A quem esperar. De quem sentir saudades. Um nome entre todos. O verso mais bonito. A música que não se esquece. O par pra toda dança. Por quem acordar. Com quem sonhar antes de dormir. Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar. Um tema pra toda história. Uma certeza pra toda dúvida. Janela acesa em noite escura. Cais onde aportar. Bonança, depois da tempestade. Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Deu vontade de dizer...


Sei lá, só acho que não temos controle sobre todas as coisas. Apesar de nossas decisões nos levarem a caminhos diferentes, tudo  acontece como realmente deveria ser.  Acho que voltar e pedir desculpas e dizer que não foi minha intenção, não valeria muito.  Os sentimentos não são escolhas ou alternativas que assinalamos em questões da vida. Eles aparecem quando menos esperamos. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011



Eu sou uma decepção. Parecia tão interessante, tão cheia de luz. E agora sou essa criança* que só quer agarrar você e proibir de brincar com os outros amiguinhos. Só meu, não empresto. 

 [Verônica H.]


Hoje meu corpo tem outras mãos espalhadas, hoje meu caminhar é um convite, hoje meu olhar é uma armadilha, hoje minha lembrança é uma tortura, hoje minha companhia é para poucos, hoje meu cheiro é um abismo, hoje meus dedos são violinos, hoje meu riso é a felicidade, hoje meu plano aceita ser surpreendido. Hoje apenas me permito a certeza do que a incerteza me impõe.
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Cáh Morandi

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Could we fix you if you broke?


Queria que alguém segurasse minha mão e me dissesse que vai ficar tudo bem, que eu não preciso me preocupar com o que vem pela frente. Mas quem vai estar lá por mim? Quem vai me abraçar e me emprestar o guarda-chuva quando a tempestade vier? Porque eu não agüento mais me sentir sozinha mesmo estando entre tanta gente. As pessoas vão e se esquecem que te deixaram aqui, esquessem as promessas feitas e deixam seu coração mesmo sem sair dele. Isso me deixa tão angustiada, tão perdida e me sinto a menor pessoa do mundo, vivendo entre julgamentos e rótulos que não são pra mim.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Escolher um caminho significava abandonar outros. Tinha uma vida inteira para viver, e sempre pensava que talvez se arrependesse, no futuro, das coisas que queria fazer agora. "Tenho medo de me comprometer", pensou consigo mesma. Queria percorrer todos os caminhos possíveis, e ia acabar não percorrendo nenhum.


(Brida, Paulo Coelho)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mas eu tenho medo de me perder e não saber voltar, tenho medo de gostar de não diferenciar a fantasia da realidade. De virar as costas pro mundo real e viver só o irreal. 

“... Ah, essa mulher - precisava sair daqui. Deste planeta que, tão freqüentemente, parece não comportar a sensibilidade.” CFA

Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, agora não, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés delas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.) E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você — seria, seriam?

É preciso agora concretizar a idéia. Tira-lá dos limites do pensamento, arranca-lá apenas do papel e torna-lá um pedaço de mim, decisão encravada em seu corpo. Não sei como fazer, mas sei que o farei. Hoje, amanhã ou depois, eu o farei.

Caio Fernando Abreu

Sobre o dia mais triste do mundo...

Eu chorei, implorei, te pedi pra não ir embora da minha vida. Não seria fácil conseguir acordar sem um motivo pra enfrentar os dias. Perdida, correria em busca de qualquer coisa que fizesse sentido. Mas você foi e me deixou ali no quarto, fazendo com que tudo que eu acreditava se tornasse simples ilusões. Senti-me a menor das criaturas, a mais desamparada e sozinha. Mal sabia, que uma pessoa pudesse ter tanto poder sobre minha alegria. E você sugou, sugou-me o último sorriso. Levou os dias felizes e me deixou com os tristes, as inseguranças que eu havia colocado na gaveta pularam como cães ferozes, os medos que estavam abandonados agarraram meu pescoço e eu mal podia respirar.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Estou aceitando o fato de que algumas pessoas nasceram para sentir o amor, mas não para viver um.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eu sei que canso.


Desculpa o excesso. De palavras, sentimento, lembranças. Eu sei que canso.
Desculpa a confusão… Ser tanto, ser tantas. Transbordo mesmo. Mas é que meu barco já veio furado. Tive que aprender a nadar em águas profundas. E fiquei assim, densa. Indo sempre ao fundo de mim, de você, dos outros.

Você tem razão, talvez esteja na hora de cair na real e perceber que você não é a única pessoa no mundo.

terça-feira, 6 de setembro de 2011


‎"- Você era mais forte.

- Eu era “mais” tantas coisas.
- Deixou de ser?
- Cansei de ser."

I can't keep up with your turning tables
Under your thumb, I can't breathe
So I won't let you close enough to hurt me
No, I won't ask you, you to just desert me
I cant give you what you think you gave me
It's time to say goodbye to turning tables
To turning tables.


(Adele)