"... É perceber que talvez amar seja outra coisa. É sentir-se leve e livre. É saber que o coração dos outros não lhe é devido, não lhe pertence, não lhe cabe por contrato. A cada dia você deve merecê-lo. E dizê-lo. Dizer a ele. E compreender pelas respostas que talvez seja necessário mudar. É necessário ir embora para reencontrar o caminho. Fábio me olha bravo, de pé, diante do portão. E diz que não, que estou errada, que somos felizes juntos. Agarra meu braço e o aperta com força. Porque, quando alguém que você deseja se vai, você tenta mantê-lo com as mãos e espera assim prender também o seu coração. E não é assim. O coração tem pernas que você não vê. E Fábio vai embora dizendo você vai me pagar, mas o amor não é uma dívida a ser liquidada, não dá creditos, não aceita descontos."
"Desculpa de te chamo de amor"
Frederico Moccia
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Tempo é ternura.
Viver tem sido adiantar o serviço do dia seguinte. No domingo, já estamos na segunda, na terça já estamos na quarta e sempre um dia a mais do dia que deveríamos viver. Pelo excesso de antecedência, vamos morrer um mês antes.
Tempo é ternura.
Perder tempo é a maior demonstração de afeto. A maior gentileza. Sair daquele aproveitamento máximo de tarefas.
O tempo sempre foi algoz dos relacionamentos. Convencionou-se explicar que a paixão é biológica, dura apenas dois anos e o resto da convivência é comodismo.
Não é verdade, amor não é intensidade que se extravia na duração.
Acima da obsessão de controlar a rotina e os próximos passos, improvisar para permanecer ao lado da esposa. Interromper o que precisamos para despertar novas necessidades.
Intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.
Casais há mais de três décadas juntos perderam tempo. Criaram mais chances do que os demais. Superaram preconceitos. Perdoaram medos. Dobraram o orgulho ao longo das brigas. Dormiram antes de tomar uma decisão.
Cederam o que tinham de mais precioso: a chance de outras vidas. Dar uma vida a alguém será sempre maior do que qualquer vida imaginada.
Tempo é ternura.
Perder tempo é a maior demonstração de afeto. A maior gentileza. Sair daquele aproveitamento máximo de tarefas.
O tempo sempre foi algoz dos relacionamentos. Convencionou-se explicar que a paixão é biológica, dura apenas dois anos e o resto da convivência é comodismo.
Não é verdade, amor não é intensidade que se extravia na duração.
Acima da obsessão de controlar a rotina e os próximos passos, improvisar para permanecer ao lado da esposa. Interromper o que precisamos para despertar novas necessidades.
Intensidade é paciência, é capricho, é não abandonar algo porque não funcionou. É começar a cuidar justamente porque não funcionou.
Casais há mais de três décadas juntos perderam tempo. Criaram mais chances do que os demais. Superaram preconceitos. Perdoaram medos. Dobraram o orgulho ao longo das brigas. Dormiram antes de tomar uma decisão.
Cederam o que tinham de mais precioso: a chance de outras vidas. Dar uma vida a alguém será sempre maior do que qualquer vida imaginada.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Porque eu sou do tipo que se entrega fácil, aos risos, abraços, amassos, amigos. Eu tenho fé em tanta coisa, e uma alma gigante que não cabe direito no corpo. E esse coração que não sabe sossegar. Eu me apaixono por tão pouco. Coisa simples sabe? Caminhadas improvisadas. Vento de fim de tarde. Nasci com pés de gente viajante, e não me importo de ir a pé. Programa bom pra mim é mochila nas costas e estrada desconhecia. Amores ao acaso, adoráveis. Inesquecíveis. Chorar é inevitável, eu sei. Mas aprendi a jogar no vento do tempo tudo quanto é solidão e tristeza. No coração só guardo espaço pras coisas lindas e findas que virão.
Daqui ó
Aí, está o grande mal das pessoas
Mas gosto, gosto das pessoas. Não sei me comunicar com elas, mas gosto de vê-las, de estar a seu lado, saber suas tristezas, suas esperas, suas vidas. Às vezes também me dá uma bruta raiva delas, de sua tristeza, sua mesquinhez. Depois penso que não tenho o direito de julgar ninguém, que cada um pode — e deve — ser o que é, ninguém tem nada com isso. Em seguida, minha outra parte sussurra em meus ouvidos que aí, justamente aí, está o grande mal das pessoas: o fato de serem como são e ninguém poder fazer nada. Só elas poderiam fazer alguma coisa por si próprias, mas não fazem porque não se vêem, não sabem como são. Ou, se sabem, fecham os olhos e continuam fingindo, a vida inteira fingindo que não sabem..Caio Fernando Abreu in Limite Branco
sábado, 17 de dezembro de 2011
Bem foi inevitável, tomamos um pileque épico. Hoje acordei ruim, gosto de cabo-de-guarda-chuva na boca & culpa: ando bebendo muito. Horrível, não é? Eu acho, também, mas é difícil evitar, principalmente agora que começou a esfriar, de noite dá aquela necessidade de coisas quentes você sai por las calles, aí vêm as brahmas, os vinhos, os conhaques, as cachaças. E é engraçado, quando a gente tá bebendo com alguém chega num ponto em que parece que vai acontecer alguma coisa (ninguém sabe exatamente o que), e que para essa alguma-coisa acontecermesmo é preciso beber um pouco mais. Daí você pede – e então a coisa começa a se decompor. Nada acontece, o porre começa a pintar & a mosca pousa na sopa fria.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
"Que eu sempre fui só de você...Você sempre foi só de mim"
A melhor parte de ter você, é você. Olhar pro lado e te encontrar na cama, poder sentir o calor do abraço e reconhecer que ali sempre foi o meu lugar. Porque a cada dia que passa eu tenho certeza, tudo que eu vivi até aqui me preparou pra esse amor.
domingo, 4 de dezembro de 2011
É uma forma de paz...
"Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo, por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...
Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor."
[Clarice Lispector]
Também é bom porque em geral se pode ajudar muito mais as pessoas quando não se está cega de amor."
[Clarice Lispector]
Nobody said it was easy..
É que o mundo parece grande demais e eu me sinto pequena demais pra dar conta de tudo. As horas, os dias, o dinheiro, as notas boas, o ônibus que não posso perder. É que eu to crescendo, apesar de não estar pronta pra isso. E eu não sei o que fazer com os sonhos que eu deixei pelo caminho, porque sentir saudade não é motivo suficiente pra voltar atrás. É que eu me sinto a pessoa mais sozinha do mundo nesse quarto gelado, e por mais que eu queira gritar o quanto essa vida é complicada, meu silêncio grita mais alto.
Já não sei onde procurar.
Eu tinha tantas coisas pra dizer, mas deixei pra lá. Descobri que falar não adianta, me desgasta e me faz mal. Apenas sorrio como quem nada quer e digo que não há nada.
Tá certo que o nosso mal jeito foi
Vital pra dispersar o nosso bom
O nosso som pausou
E por tanta exposição a disposição cansou
Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou la fora...
Solução é a solidão de nós
Deixa eu me livrar das minhas marcas
Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que esse verão eu faço só
Deixa que nesse verão eu faço sol...
Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu
Não nos traduziu o melhor
A conta da saudade quem é que paga
Já que estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor...
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar
Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não ter pressa pra passar...
sábado, 3 de dezembro de 2011
Waiting
Não sei o que esperar. Espero tudo. Quero tudo. E vou. De mãos dadas com o que sinto, nunca soube me economizar. Vai ver, assim, eu acabe sendo possível.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Mais ou menos é a pior coisa que existe.
"Te ver mais ou menos realmente me incomoda. Mais ou menos não rende papo, não faz inverno nem verão, não exige uma longa explicação. É melhor estar alegre ou estar triste, mais ou menos é a pior coisa que existe." (Gabito Nunes)
Será frio, será ausência, será senhor só lembrança.
Será paz, será paciência
Será senhor só esperança
E se a dor e se adormecer demais
Pra levantar mais criança
Nossa festa ainda vai começar
Nossa peça era a peça que faltava
Cê me inspira pra eu te respirar
Em poesia que não acaba
Acabo de pular da pedra
(O Teatro Mágico)
Será senhor só esperança
E se a dor e se adormecer demais
Pra levantar mais criança
Nossa festa ainda vai começar
Nossa peça era a peça que faltava
Cê me inspira pra eu te respirar
Em poesia que não acaba
Acabo de pular da pedra
(O Teatro Mágico)
Cuida de mim enquanto finjo que sou quem eu queria ser.
Pra falar verdade, às vezes minto
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
(O Teatro Mágico)
Tentando ser metade do inteiro que eu sinto
Pra dizer as vezes que às vezes não digo
Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo
Tanto faz não satisfaz o que preciso
Além do mais, quem busca nunca é indeciso
(O Teatro Mágico)
Você me bagunça.
Assimila, dissimula, afronta, apronta,descarrega-me nos abraços
Lapida minha pedra bruta, insulta, assalta-me os textos, os traços
E desapropria o rumo, o prumo, juro me padeço com você
Me desassossega, rega à alma, roga a calma em minha travessia
Outro porque
(O Teatro Mágico)
Des-culpas esfarrapadas
Desculpa o excesso, me desculpe pela escassez
Desculpe-me por não saber explicar
Desculpe por eu não saber a hora certa de falar
Desculpe o volume de palavras, por tanta falta de conteúdo.
Desculpe se eu jogo na cara, por não poder jogar em mim.
Desculpe por eu ser assim,
Por viver sobrando pelas beiradas e não me caber em mim.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
O tempo.
O tempo passa, sem a gente se dar conta. Sem perguntar se vamos juntos, sem esperar resposta alguma. Ele vai e carrega tudo que pode, deixa pra traz o que não irá precisar. Mas não tenho medo, porque sei que o essencial permanece.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
O que eu quero mesmo?
"Sou bem mais feliz que triste, mas às vezes fico distante. E me perco em mim como se não houvesse começo nem fim nessa coisa de pensar e achar explicação pra vida.
Explicação mesmo, eu sei: não há.
E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe.
E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase:
-O que eu quero mesmo?"
Fernanda Mello
Explicação mesmo, eu sei: não há.
E me agarro no meu sentir porque, no fundo, só meu coração sabe.
E esse mesmo coração que me guia e não quer grades nem cobranças, às vezes me deixa sem rumo, com uma interrogação bem no meio da frase:
-O que eu quero mesmo?"
Fernanda Mello
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O problema é que eu te amo.
Ontem voltei pra casa pensando em escrever um e-mail, bater na sua porta, ligar desesperadamente pro seu celular. Não fiz nada disso, esperei. Esperei seu tempo, a saudade. Não entendo, como querer você possa ser tão mais forte que eu. Eu te amo, e caramba, não é pouco. Mas me diz pra que isso? Não me encha de silêncios, não acumule espaços. Não gosto desses afastamentos que as vezes acontecem, não gosto de não saber o que fazer pra lhe ter mais perto de mim. Não desperdice o tempo que a gente tem.
De-vez-em-quando sinto uma raiva absurda do mundo, vontade de esganar metade das pessoas que me dizem: Bom dia!, Logo pela manhã. Sinto uma enorme raiva de você, por não estar grudada em mim vinteequatrohoras por dia. Mas aí, meu celular vibra com uma mensagem inesperada, ouço uma música que acalma o coração, e aquela raiva que parecia interminável logo abre espaço pra alegria entrar, e ela vem sem pedir licença, só pra lembrar que tenho tanto amor em mim que é um absurdo guardar.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Coisa de quem aceita a esperança..
Dos assuntos que só ferem quando são picadas de inseto.
Coisas assim, que só ardem por fora.
As coisas que mais são importantes agora, toda a minha atenção, como se dela, só delas,
dependesse minha afeição.
Sorvete de baunilha e lençol limpo ou então dessas coisas que não se mostram
e só se reconhecem sem os olhos, gentilezas por exemplo.
Nesse tempo do que realmente importa, não existe conspiração do universo
e muito menos coisas do destino, se é que isso existe.
Nesse tempo as lembranças ruins só são um borrão.
Existe também um pé de ruga que pode ser pé de passarinho porque nesse tempo, a gente ri demais.
Então pode-se chamar de pé de passarinho e não de galinha,
porque passarinho pelo menos voa mais alto.
Existe essa alegriazinha, coisa de quem aceita a esperança
sem medo do que há por vir,
Sem temer o que há de partir
|vanessa leonardi|
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
domingo, 30 de outubro de 2011
Queria te guardar imóvel no movimento.
No movimento das suas mãos me dedilhando as costas, o movimento dos seus lábios tatuando a nuca, o movimento que timbra o vento nos seus cabelos, o silêncio do mundo no seu piscar de olhos, o mover sua sombracelha que formavam ondas perfeitas na sua testa, seus dedos que tocavam Chico na minha cintura, sua voz em movimento era como um chamado de algum lugar. Eu não queria mais voltar.
(...)
Sou boba tantas vezes. Parei tanto tempo presa em você. Ficava extasiada, alucinada em te observar ganhando o mundo sem sair da cama.
(...)
Sou boba tantas vezes. Parei tanto tempo presa em você. Ficava extasiada, alucinada em te observar ganhando o mundo sem sair da cama.
domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
"Things aren't always just what they seem.."
Quanta coisa acumulada na cabeça e no coração. Uma vontade imensa de tomar banho por dentro, limpar e deixar tudo novinho, novas esperanças e vontades. Lembrar da força que sempre esteve comigo e não desanimar jamais.
Era um estado permanente de angústia, crônico, suportável. Era a fragilidade do ser diante da brutalidade e da crueza da vida, mas era ainda a vida, o existir e se saber presente (...) É que era a angústia, o desespero, a negação de si mesmo. O não ser, o vazio, o nada.
(Livro Encontro Marcado, Fernando Sabino)
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.
Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos. Em mim, a anatomia não faz o menor sentido. Sou do tipo que lê um toque, que observa com o coração e caminha com os pés da imaginação. Multiplico meus cinco sentidos por milhares e me proponho a descobrir todos os dias novas formas de sentir. Quero o cheiro da felicidade, o gosto da saudade, o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura. Luto contra o óbvio, porque sei que dentro de mim há um infinito de possibilidades e embora sentimentos ruins também transitem por aqui, sei que devo conduzi-los com a força do pensamento até a porta de saída. Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero. Nem definir o lugar adequado para tudo de bom que eu sinto. Nossos sentimentos são seres vivos e decidem sem nos consultar. A prova de que na vida, rótulos são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis.
Fernanda Gaona
terça-feira, 18 de outubro de 2011
E eu te pergunto o que será do nosso amor?
Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?
Descreva pra mim sua latitude
Que eu tento te achar no mapa-múndi
Ponha um pouco de delicadeza
No que escrever e onde quer que me esqueças
E eu te pergunto o que será do nosso amor?
Ah! Se eu pudesse voltar atrás
Ah! Se eu pudesse voltar
Thiago Pethit
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?
Descreva pra mim sua latitude
Que eu tento te achar no mapa-múndi
Ponha um pouco de delicadeza
No que escrever e onde quer que me esqueças
E eu te pergunto o que será do nosso amor?
Ah! Se eu pudesse voltar atrás
Ah! Se eu pudesse voltar
Thiago Pethit
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Me perdi no tempo, me encontrei e mim.
Esqueci a tal exatidão. Dar nome aos bois, colocar os pingos nos “is”, bater de frente. Tirei férias disso tudo. Se algum desaforo bater à minha porta, não atendo. Canto ciranda, enfeito minhas tranças, converso com a esperança. Perdi minha mala carregada de ressentimentos na estrada do sossego. Mudei a rota, arranquei as portas que aprisionavam meu sorriso. Me perdi do tempo. Me encontrei em mim.
.Renata Fagundes
Aprender a viver um amor, sem se afogar.
Pra falar de ciúmes, eu precisaria falar da insegurança e
também da falta de auto-estima que ficam escancaradas em mim. Mas espera aí, quem
disse que eu preciso disso? Descabelar-me e me desmoralizar. Não aceitar o fato
que alguém pode gostar de mim do jeito que sou, com minha mania de fantasias e
medos insolúveis, meu desajeitado modo de sorrir e essa cara amassada, a minha
preguiça enorme, as viagens que faço, dos sonhos conturbados, meu passado doido e minha vontade incontrolável de ser feliz. Talvez eu mereça mesmo ser amada,
admirada. Talvez eu deva parar de me sabotar, procurar coisas onde não tem. e parar de achar
que minha vida é a novela mexicana sem final feliz. Eu ando me amando mais,
acreditando mais em mim e isso me faz bem. Aprender a viver um amor, sem se
afogar.
Desarrume.
Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples.
Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.
.Fabrício Carpinejar
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Eu preciso de surpresa.
Eu rezo pra tentar me entender
Com chuvas de palavras explico coisas que nem sei. A casa,um caos dentro e fora
Que lua estamos mesmo ?
Tô esperando o verde amadurecer no meu peito
Pra ver se encontro meu coração na esquina
Eu preciso ver estrelas no céu da boca, sambar devagarzinho ou então achar cinquentão no bolso
Eu preciso de surpresa !
Logo me convenço com metáforas das minhas desgraças
E dou risada achando graça desse verde que não amadurece
Verde que ensina e que termina
Me deixando sempre uma cor-resposta
Pra pintar na vida.
Com chuvas de palavras explico coisas que nem sei. A casa,um caos dentro e fora
Que lua estamos mesmo ?
Tô esperando o verde amadurecer no meu peito
Pra ver se encontro meu coração na esquina
Eu preciso ver estrelas no céu da boca, sambar devagarzinho ou então achar cinquentão no bolso
Eu preciso de surpresa !
Logo me convenço com metáforas das minhas desgraças
E dou risada achando graça desse verde que não amadurece
Verde que ensina e que termina
Me deixando sempre uma cor-resposta
Pra pintar na vida.
Um amor quentinho.
Que todo mundo tenha um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo. Surpresa pra rotina dos dias. A quem esperar. De quem sentir saudades. Um nome entre todos. O verso mais bonito. A música que não se esquece. O par pra toda dança. Por quem acordar. Com quem sonhar antes de dormir. Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar. Um tema pra toda história. Uma certeza pra toda dúvida. Janela acesa em noite escura. Cais onde aportar. Bonança, depois da tempestade. Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Deu vontade de dizer...
Sei lá, só acho que não temos controle sobre todas as coisas.
Apesar de nossas decisões nos levarem a caminhos diferentes, tudo acontece como realmente deveria ser. Acho que voltar e pedir desculpas e dizer que
não foi minha intenção, não valeria muito. Os sentimentos não são escolhas ou alternativas
que assinalamos em questões da vida. Eles aparecem quando menos esperamos.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Hoje meu corpo tem outras mãos espalhadas, hoje meu caminhar é um convite, hoje meu olhar é uma armadilha, hoje minha lembrança é uma tortura, hoje minha companhia é para poucos, hoje meu cheiro é um abismo, hoje meus dedos são violinos, hoje meu riso é a felicidade, hoje meu plano aceita ser surpreendido. Hoje apenas me permito a certeza do que a incerteza me impõe.
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Cáh Morandi
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Could we fix you if you broke?
Queria que alguém segurasse minha mão e me dissesse que vai
ficar tudo bem, que eu não preciso me preocupar com o que vem pela frente. Mas
quem vai estar lá por mim? Quem vai me abraçar e me emprestar o guarda-chuva
quando a tempestade vier? Porque eu não agüento mais me sentir sozinha mesmo
estando entre tanta gente. As pessoas vão e se esquecem que te deixaram aqui,
esquessem as promessas feitas e deixam seu coração mesmo sem sair dele. Isso
me deixa tão angustiada, tão perdida e me sinto a menor pessoa do mundo,
vivendo entre julgamentos e rótulos que não são pra mim.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Escolher um caminho significava abandonar outros. Tinha uma vida inteira para viver, e sempre pensava que talvez se arrependesse, no futuro, das coisas que queria fazer agora. "Tenho medo de me comprometer", pensou consigo mesma. Queria percorrer todos os caminhos possíveis, e ia acabar não percorrendo nenhum.
(Brida, Paulo Coelho)
(Brida, Paulo Coelho)
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Daí penso coisas bobas quando, sentado na janela do ônibus, depois de trabalhar o dia inteiro, encosto a cabeça na vidraça, deixo a paisagem correr, e penso demais em você. Quando não encontro lugar para sentar, o que é mais freqüente, e me deixava irritado, agora não, descobri um jeito engraçado de, mesmo assim, continuar pensando em você. Me seguro naquela barra de ferro, olho através das janelas que, nessa posição, só deixam ver metade do corpo das pessoas pelas calçadas, e procuro nos pés delas aqueles que poderiam ser os seus. (A teus pés, lembro.) E fico tão embalado que chego a me curvar, certo que são mesmo os seus pés parados em alguma parada, alguma esquina. Nunca vejo você — seria, seriam?
Sobre o dia mais triste do mundo...
Eu chorei, implorei, te pedi pra não ir embora da minha
vida. Não seria fácil conseguir acordar sem um motivo pra enfrentar os dias. Perdida,
correria em busca de qualquer coisa que fizesse sentido. Mas você foi e me
deixou ali no quarto, fazendo com que tudo que eu acreditava se tornasse
simples ilusões. Senti-me a menor das criaturas, a mais desamparada e sozinha.
Mal sabia, que uma pessoa pudesse ter tanto poder sobre minha alegria. E você
sugou, sugou-me o último sorriso. Levou os dias felizes e me deixou com os
tristes, as inseguranças que eu havia colocado na gaveta pularam como cães
ferozes, os medos que estavam abandonados agarraram meu pescoço e eu mal podia
respirar.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Eu sei que canso.
Desculpa o excesso. De palavras, sentimento, lembranças. Eu sei que canso.
Desculpa a confusão… Ser tanto, ser tantas. Transbordo mesmo. Mas é que meu barco já veio furado. Tive que aprender a nadar em águas profundas. E fiquei assim, densa. Indo sempre ao fundo de mim, de você, dos outros.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
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